terça-feira, 3 de junho de 2014

Grupo C - Colômbia, Grécia, Costa do Marfim e Japão

Eis o grupo mais skol litrão da Copa. O preciso conceito consagrado pelo ex-meia e hoje filósofo da bola Perdigão (ex-Inter e Corinthians) sintetiza bem o que esperar desse grupo tão surreal.

A cabeça-de-chave foi a Colômbia (2ª colocada nas Eliminatórias). Ter o selecionado cafetero na posição 1 do grupo abre com chave de ouro a caixa de Pandora presente na ala C da Copa do Mundo. Na sequência, Grécia, Costa do Marfim e Japão. Todas essas Seleções colecionam participações em Copas do Mundo sempre na condição de coadjuvante e nada além disso. Aliás, estão mais para figurantes de Malhação. 

No entanto, essa Copa permitirá que duas delas avancem até as oitavas sob a famigerada condição de zebra que lhes conferem o direito de tentar chocar o Mundo. Afinal, seus respectivos adversários virão do grupo D, ainda a ser visto de perto, mas, já adianto, se alguma Seleção do grupo C chegar às quartas-de-final será uma surpresa e tanto.

Tenho comigo alguma certeza de que, ao final do sorteio dos grupos, Valderrama teria se esbaldado de sambar. A Colômbia tem uma equipe bastante interessante revestida de traços de alegria e ousadia no ataque.

A grande baixa é Falcao García. O centroavante não se recuperou de lesão e está cortado do Mundial. Mesmo assim, os cafeteros contam com um conjunto respeitável e experiente. Na ausência de seu matador, os nomes a serem vistos de perto atendem por Guarín, Cuadrado, James Rodríguez, Jackson Martínez. O elenco ainda conta com o irreverente Pablo Armero, ex-lateral do Palmeiras (clique para lembrar dele).

Assim, a Colômbia chega com uma zaga rodada, uma meia-cancha obreira e um ataque bastante rápido. Ao meu ver, deve ser o bastante para obter uma das duas vagas às oitavas.

Restam, portanto, outras 3 equipes para mais uma vaga.

Minha favorita é a Costa do Marfim. O futebol africano pode ser resumido a muita força e velocidade. Todavia, no time da Costa do Marfim é possível vislumbrar alguma qualidade graças à presença de jogadores diferenciados e experientes.

O veterano artilheiro Drogba merece respeito. Assim como Yaya Touré, um dos melhores meias em atividade. Além deles, Gervinho, Kalou e Kolo Touré são outras peças que acrescentam algum diferencial em relação aos rivais de grupo.

Mesmo tendo sido abençoadas com um grupo relativamente nivelado que permite almejar a classificação, considero Grécia e Japão os azarões dos azarões nesse bloco e não acredito que irão adiante na Copa.

A Seleção Grega não preza pela ofensividade. É uma equipe de clara vocação defensiva destinada a explorar contra-ataques com qualidade discutível. Nas Eliminatórias, ficaram em segundo de seu grupo, empatados com a Bósnia. Em 10 jogos, 8 vitórias, 1 empate e 1 derrota. Porém, chama a atenção os 12 gols marcados e apenas 4 sofridos.

Mesmo tendo atuado diante de equipes bem mais modestas (ou medíocres, como preferirem) é um dado a ser relevado. Enfim, na repescagem os gregos bateram a Romênia pelo placar agregado (jogo de ida + jogo de volta) de 4 a 2. 

A merecerem algum destaque, fiquemos com o zagueiro Sokratis, o veteraníssimo meia Karagounis e Samaras e Mitroglou para o ataque.

Acho pouco provável que esse ferrolho espartano venha a segurar o ataque de Colômbia ou Costa do Marfim.

Da mesma forma que reputo improvável que o Japão surpreenda. A menos que tragam alguma engenhoca tecnológica que transformem seus atletas em verdadeiros transformers boleiros.

É indiscutível que o futebol japonês evoluiu consideravelmente. Basta notar que, embora grande parte dos 23 convocados atue em casa, uma boa meia-dúzia perambula pela Europa, especialmente no disputado futebol alemão.

Contudo, não é o bastante para credenciar o Japão a uma das duas vagas. Em que pese ter uns dois ou três talentos na parte ofensiva, como Honda, Kagawa e Okazaki, o sistema defensivo deixa a desejar. Prova disso foi o desempenho na Copa das Confederações ano passado. Por mais que tenha tido lapsos e equiparado forças em alguns momentos nos jogos contra México e Itália, não resistiu. Voltou para casa com 3 derrotas na mala. 

Após bater nos Samurais Azuis, assopro. Tem mais chances de eventualmente ficar com uma vaga que a Grécia.


PALPITE:
1º - Colômbia
2º - Costa do Marfim

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