segunda-feira, 2 de junho de 2014

GRUPO B - Espanha, Holanda, Chile e Austrália

É um grupo da Morte. Quando usarem essa expressão para referirem-se ao grupo D, podem encher a boca pra falar que aqui no bloco B há um esconderijo da dita-cuja, pronta a levar precocemente algum descuidado. Sabemos que a Morte tem diversas facetas. Alerto sobre isso nos posts da Libertadores. Assim, um campeonato com uma fase curta de grupos e um mata-mata frenético potencializa as chances da foice cantar solta desde o início. 

De cara, uma observação. Daqui sai o rival do Brasil nas oitavas-de-final. Tendo-se em conta que o Brasil deve ser o 1º colocado no seu grupo, seu adversário nas oitavas será o segundo colocado desta chave. Anotem isso.

Comecemos então pela Espanha. Todo mundo sabe quem ela é. Ganhou a Copa do Mundo em 2010 e tomou um baile nosso na final da Copa das Confederações ano passado. Isso não significa que a Fúria virou uma teta. Pelo contrário, a Espanha segue forte e favorita ao bicampeonato.

A Espanha construiu uma equipe sólida cuja base vem desde 2008, quando levantou a Eurocopa. Em 2012, já campeã do Mundo, revalidou o caneco europeu. Em linhas gerais, só faltou a Copa das Confederações para essa geração espanhola multicampeã.

Pois bem, tanto os 11 iniciais quanto os suplentes são praticamente os mesmos que levantaram a taça 4 anos atrás. Uma equipe perigosíssima e, acima de tudo, entrosada. 

O tal Diego Costa, centroavante brasileiro naturalizado espanhol, foi convocado. Terminou a temporada baleado e está fazendo tratamento para chegar inteiro para a Copa. Se estiver 100%, puta atacante. Melhor que o Fred e o Jô juntos, fácil.

A patota do Barcelona segue presente no selecionado espanhol. Conta com Piqué (isso, o marido da Shakira) na zaga, Xavi, Iniesta (autor do gol do título em 2010) e Cesc Fábregas (responsável por shows, festas e eventos culturais na concentração. Sim, a piada era um mau necessário).

Nomes como Xabi Alonso, Sérgio Ramos, Javi Martínez e David Silva agregam valor a essa Seleção, franca favorita ao título. Eu não levo muita fé nos reservas para o ataque. Villa tá velho, Pedro é um eterno talismã mas nunca uma solução e Fernando Torres, bem, o próprio nome indica sua função.

Quem divide o favoritismo da chave ao lado da Fúria é a Holanda, vice-campeã em 2010 e nossa carrasca nas quartas-de-final daquela Copa.

A Laranja Mecânica fez uma campanha soberba nas Eliminatórias. Classificou-se em primeiro com 9 vitórias e um empate em um grupo cujos rivais mais complicados atendiam por Turquia e Romênia. A mamata que pegou nas Eliminatórias teve seu preço na Euro-12. Foi eliminada ainda na primeira fase após 3 derrotas para Dinamarca, Alemanha e Portugal.

É uma Holanda bastante mudada com relação ao selecionado do Mundial passado, principalmente do meio para trás. A estrutura defensiva passa por jogadores que atuam no próprio futebol holandês e um ou outro a perambular pelo submundo do futebol inglês.

Os grandes destaques dessa versão 2014 da Holanda são o carniceiro De Jong (se esqueceu, clique para lembrar) tá no time juntamente com os experientes Sneijder, Robben e Van Persie. Do meio para a frente mantém a tradição de ser um time perigoso, só essa defesa que não aspira muita confiança. É uma Holanda bem mais apagada em relação aos times que apresentaram em 94, 98 e até 2010.

Cabe ao Chile aproveitar essa geração mais modesta dos holandeses.

A Morte pode encontrar no Chile um refúgio para degolar uma virutal favorita européia, senão vejamos:

Sob o comando de Jorge Sampaoli, o Chile vai levar alguns conhecidos nossos, a saber: Mena (Santos), Aránguiz (Internacional), Valdívia (Palmeiras). O treinador também convocou Johnny Herrera, o Super-Boy, aquela goleiro ridículo que jogou no Corinthians em 2006. Pois é, pelo que consta o arqueiro da Universidad de Chile vive fase boa o bastante para figurar no grupo da Roja para essa Copa.

A defesa não é lá essas coisas, porém a meia-cancha e o ataque não bastante explosivos. Grande parte do elenco atua na Europa, especialmente na Itália e Espanha. Implica dizer que estão acostumados a atuar sob forte marcação, além de sair para o jogo em velocidade. 

Uma boa exibição da seleção chilena passa basicamente por 4 jogadores: Vidal, ótimo volante da Juventus recupera-se de lesão e gera alguma apreensão quanto ao seu físico no Mundial; Aránguiz, outro volante obreiro capaz de correr o campo todo, marcar e aparecer lá na frente para dar uma força; Vargas, atacante com passagem recente pelo Grêmio, preza pela velocidade e habilidade mas não necessariamente pela eficiência; e do bom centroavante do Barcelona Alexis Sánchez.

O Chile tem um time engraçadinho e briga forte com a Holanda por essa segunda vaga. A favor dos chilenos há a mística de estarem fadados a encarar o Brasil nas oitavas (vide 98 e 2010, por exemplo). Entretanto, apesar da torcida pela seleção sul-americana creio que os europeus avançam.

Correndo por fora vem a Austrália. 

Deixou de disputar as eliminatórias da Oceania porque, convenhamos, não dava graça. Não havia rivais interessantes. Apenas para situar, o campeão das eliminatórias da Oceania disputa uma vaga na Copa contra o pior classificado de algum outro continente a ser definido por sorteio.

Não há dúvida que perto das 3 é a mais fraca. Os intermináveis Tim Cahill e Mark Bresciano foram convocados e de conhecidos mesmo são só esses. Se jogassem com cangurus talvez levassem mais perigo e tivessem mais chances de surpreender. 


Palpite:
1º - Espanha
2º - Holanda

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