segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Super Bowl XLVIII - Denver Broncos 8-43 Seattle Seahawks

Foi um massacre, um atropelo. O Super Bowl 48 ficou na expectativa de um grande duelo e o que se viu foi um passeio dos Seahawks sobre os Broncos. Foi cruel e não há nada muito a se dizer a respeito. Irônico notar que a melhor defesa teve uma noite de melhor ataque, melhor tudo, portanto.

O placar foi inaugurado da maneira mais surreal possível. Logo na primeira jogada, os Broncos erram o snap e sofrem um safety. Curioso lembrar que a última pontuação do Super Bowl 47 foi justamente um safety. Bizarro.

Russell Wilson lançou, conectou ótimos passes, fugiu do pocket para buscar alternativas, deu suas corridas, foi uma atuação soberba do quarterback que está somente em seu 2º ano na NFL. Mas não era somente o ataque de Seattle que estava inspirado. A defesa também cumpriu seu papel com louvor.

Vale dizer que a noite desastrosa de Peyton Manning e dos Broncos estava só começando quando o QB foi interceptado e viu o ataque dos Seahawks invadir a ending zone com Marshawn Lynch e abrir 15-0. Logo em seguida, nova interceptação de Manning e Smith, futuro MVP do Super Bowl, foi lá ampliar para 22 a zero.

Final do primeiro tempo. Show de Bruno Mars e Red Hot Chili Peppers bem mais ou menos, diga-se. 

Na volta do intervalo, os Broncos tinham que se superar e provar porque são o melhor ataque da história. Porém, no retorno do kickoff, novo touchdown dos Seahawks. 

A expressão de Peyton era de dar dó. Olhava o livro de jogadas como quem buscava encontrar um milagre para reverter aquele vareio.

Logo depois, a melhor defesa da NFL recupera um fumble. Noite desgraçada para Denver. Russell Wilson comanda mais um ataque impiedoso e Kearse, depois de fugir de dois tackles, praticamente define o jogo. Até então estava "só" 36 a ZERO.

O melhor ataque mal conseguia first down, quiçá pontuar! Era insano, havia uma ponta de sadismo continuar assistindo a humilhação dos Broncos.

No último lance do 3º quarto, os Broncos anotam um TD e a conversão de dois pontos. Mal sabiam o que estava por vir...

Wilson, esbanjando versatilidade, liderou os Seahawks para o derradeiro touchdown após passe para Baldwin: 43 a 8.

Não dá para saber ao certo se os Broncos eram tão inferiores assim. Claro que não. Não se menospreza o melhor ataque da história, repita-se. Só que o ataque era Manning e seus alvos. Não havia um bom plano B, ao contrário do que havia do outro lado. A solidez defensiva de Seattle aliada a um ataque versátil foi a chave para o título.

Novamente irá recair sobre Manning uma enxurrada de críticas e questionamentos sobre seu desempenho em playoffs. Vão falar que é o maior pipoca da história, como os números infelizmente apontam. Não vão lembrar das falhas grotescas do snap ou da falta de competência defensiva. Peyton vai sofrer sozinho de novo.

E vou além. Arrisco dizer que seu estilo morre aí. Acredito que começa uma nova era de campeões do Super Bowl. Com quarterbacks improvisadores, defesas bem postadas e um ataque melhor equilibrado que seja capaz de alternar passes e corridas surpreendendo o adversário.

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