quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Pela quina

Apesar de acreditar que alguma força cósmica há de evitar que o Brasil faça a quina na loteria continental, as classificações de Botafogo e Atlético Paranaense potencializam consideravelmente as chances de termos novamente um libertador brasileiro.

A começar pela ressurreição do Furacão que foi dado como morto por duas vezes e foi salvo pela maldita marca da cal em ambas vezes. O Sporting Cristal apegava-se ao 1 a 1 que lhe dava a vaga à fase grupos. Porém, um pênalti convertido por Éderson 50º minuto de jogo levou a decisão para as cobranças de pênaltis. 

Nos pênaltis, o Furacão precisava fazer seu gol e contar com a incompetência peruana em outras duas batidas. Isso para levar aos tiros alternados. E os deuses do futebol quiseram que assim fosse e muito mais. Era para o Atlético classificar e se unir a The Strongest, Universitario e Vélez no grupo 1 da Libertadores.

Enquanto o festival de surrealidades rolava solta na Vila Capanema, o Botafogo foi escoltado por 50 mil torcedores cientes do risco em ver algo que somente poderia acontecer com eles. Não há surpresa geral da nação ao dizer que os cariocas foram capazes de eliminar o modesto Deportivo Quito e ganhar o direito de disputar mais seis jogos internacionais.

Contudo, os ouvidos ficam ouriçados ao saber que o Botafogo simplesmente destruiu os equatorianos com imponentes 4 a 0. E uma coincidência uniu os artilheiros da noite. 3 gols de Wallyson, atacante que nasceu para a competição (foi o artilheiro em 2011 quando caiu com o Cruzeiro de Cuca para o Once Caldas nas oitavas, com 7 gols), e outro de Henrique, ex-São Paulo, destaque no mundial sub-20 no mesmo ano.

Com isso, os seis brasileiros estarão lá. Ainda que o futebol só se resolva no campo, é óbvio que uns transparecem maior favoritismo que os demais, casos evidentes de Cruzeiro e Atlético Mineiro. Uma simulação feita no olhômetro indica que há real possibilidade de termos, no mínimo, duas equipes na semi-final (ou um finalista, como preferirem).

Para apimentar a teoria da conspiração: Após quatro títulos enfileirados do Independiente entre 72-75 a Argentina quase faturou a 5ª Copa consecutiva. Coube ao Cruzeiro bater o River Plate e quebrar a hegemonia hermana. Opa, um argentino na final.

Seja como for, é hora de colocar a estatística à prova.




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