terça-feira, 17 de julho de 2012

Próxima vítima: Ney Franco

Esperei o clássico de domingo para comentar qualquer coisa sobre a nova aquisição do São Paulo: o técnico Ney Franco. Não por comodismo, mas somente para checar meus pré-conceitos com relação ao novo comandante tricolor. Bem, posso dizer que meus achismos não mudaram e arrisco prever o futuro do treinador. Sim, cedo ou tarde, vai terminar como Muricy Ramalho, Ricardo Gomes, Adilson Batista, Sergio Baresi, Carpegiani e Leão.

A apatia do São Paulo transformou-se numa doença crônica mais ou menos em 2010, quando caiu para o Inter na semi-final da Libertadores. Foi a última vez que o Tricolor mostrou algo parecido com disposição dentro do campo. 

Já que os resultados (entenda-se títulos) não aparecem, o reino de Juvenal Juvêncio começa a caça às bruxas e incia uma era de terror para o comando técnico. Sem dó, a guilhotina tricolor canta alto fracasso após fracasso.

Hoje, fica a impressão que o São Paulo é um time de peladeiros organizados. Um time forte, até. Só que de peladeiros, ora. Reina a displicência partida após partida. Jogam sem apetite, meio que por hobby. 

Preocupado com o clima de resort, JJ promove uma senhora reformulação no elenco para a temporada 2012. O descompromisso segue no ar e os "resultados" insistem em não vir. Para piorar, até o desempenho nos clássicos cai consideravelmente. Neste cenário, razoável imputar ao técnico a culpa por um novo fracasso, não é?

Então, chega Ney Franco. Comentaristas não se cansam de elogiar o treinador, sua postura, seu trabalho, seu trato com jovens promessas, engrandecem o título mundial com a Seleção Sub-20, dizem que o São Paulo acertou em cheio e vai entrar nos eixos. Aham.

Na minha opinião, Ney Franco é um técnico médio. Tão médio quanto Carpegiani, Ricardo Gomes e Leão. Logo, por que o São Paulo buscou uma solução média, se eram os médios que não davam resultado?

Ney Franco é mediano inclusive nos resultados. Fez trabalhos razoáveis por onde passou e suas conquistas se resumem a três Estaduais, uma Série B e uma Copa do Brasil. Não me venham dizer que são torneios difíceis, pois muito técnico meia-boca já ganhou esses campeonatos. E mais, entendo que torneio mundial sub-20 não engrandece currículo de ninguém.

Logo em sua estreia, o treinador mostra toda sua, digamos, falta de sorte. Vencia por 1 a 0 e tomava pressão do Palmeiras. Mérito verde, incontestável. Nem mesmo a defesa de Denis no pênalti de Valdívia livrou o treinador de sofrer o empate. Detalhe: com um jogador a mais. Nem para manter a fórmula mágica, hein, professor? 

Supostamente a troca no comando técnico deveria motivar os jogadores, ventilar novos ânimos. Balela! No São Paulo, a farra não tem fim. Troca elenco, troca técnico, não adianta. A soberba e a crença de que Instituição e camisa jogam por si só parecem incrustadas nas mentes soberanas dos conselheiros e nas paredes do Morumbi.

Afinal de contas, o clube é tão diferenciado que, em tempos de crise, se dá até o luxo de esnobar uma proposta de 38-40 milhões de euros por sua maior promessa que em dois anos de profissional nada conquistou e ainda perdeu espaço na Seleção para a outra prata-da-casa que saiu do clube pela porta dos fundos. 

Mas já saquei qual é a de Juvenal Juvêncio, expoente do futebol. Seu negócio é ter sempre munição para fazer o que mais entende: Substituir jogadores e, seu alvo predileto, o técnico. 



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