domingo, 1 de julho de 2012

Para fazer história

Até 2008 a Seleção da Espanha era aquele time bacana, camarada, gostoso de se ver mas terrível para torcer. A síndrome das quartas-de-final e de pipocar nos momentos mais importantes eram o grande asterisco ao lado de seu nome. Depois da final da Euro-08 na vitória suada sobre a Alemanha por 1 a 0, gol de Fernando Torres, a Espanha não se contentou em mudar somente sua história. Foi além e encantou o Mundo. 

O título inédito da Copa do Mundo em 2010 foi a consagração de uma geração que não se cansa de encantar o planeta com um futebol envolvente, que joga e pouco deixa jogar. As incessantes trocas de passes, tabelinhas, mudanças de posição a todos atordoam, de adversários a torcedores. 

Chama atenção olhar atentamente para esta equipe e constatar que mesmo 4 anos após a primeira grande conquista desse grupo praticamente não houve mudanças seja na escalação, seja no modo de jogar. Para quem olhou com olhos desconfiados em 2008, hoje, vê a Espanha conquistar um feito histórico: três grandes conquistas consecutivas (Euro-08 e 2012, Copa do Mundo 2010).

Houve um esboço de crise com relação ao estilo pragmático de trabalhar a bola incansavelmente até que a chance de gol seja evidente. Ou de cadenciar o ritmo do jogo apenas esperando o juiz acabar com a partida. Pobres, cornetas... 

Esta tarde a Espanha entrou em campo disposta a provar de uma vez por todas quem é que manda no futebol atual. Do outro lado, uma Itália mediana. Aguerrida e só. Prandelli foi o encarregado de dar uma nova cara a uma Azzurra sem metade da qualidade das últimas duas décadas. Deu no que deu. 

O massacre espanhol por míseros 4 a 0 podia ter sido pior. Infinitamente superior, a Espanha dominou do começo ao fim e não deu espaços à limitada Seleção Italiana. Nem mesmo Balotelli conseguiu aprontar. A Espanha travou o campo e fez um coletivo de luxo. Dois no primeiro tempo, dois no segundo.

Não há mais nada a ser dito sobre esse time fantástico. 3 grandes títulos levantados em sequência dizem tudo. Aqui, cabe a nós os aplausos por este marco histórico e aguardar pelo próximo espetáculo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário