quarta-feira, 21 de março de 2012

Só falta a Copa, Messi.

Para falar de Messi não é preciso muito. Seus números, recordes e títulos falam por si. Com apenas 24 anos o craque argentino já é um dos melhores jogadores da história. Infinitas virtudes e nenhuma fraqueza, fato. Acabou de tomar a artilharia máxima do Barcelona em jogos oficiais: 314 jogos/234 gols, média de 0,74 gol/jogo. Vem muito mais por aí, sem sombra de dúvida. Mas a polêmica é inevitável: e a Copa do Mundo? 

É impossível fechar os olhos para o brilhantismo de Messi, certamente um dos melhores jogadores que eu já vi em minha vida. Contudo, para classificar onde o jovem mito se encaixa atualmente não há outra saída senão trazer à baila a velha discussão sobre uma conquista de Mundial.

Na minha opinião, por mais que Messi vença 10 vezes a Champions League, o Mundial de Clubes da FIFA, faça mais 200-300-500 gols, uma Copa do Mundo é determinante para consagrar um mito. O que seria de Ronaldo sem as duas Copas e a artilharia histórica do torneio? Ou Romário sem a taça de 94? 

E a cara de frustração de quem lembra de Zico, Sócrates, Careca, Falcão e Cia.? Os escretes derrotados em 82 e 86 carregarão eternamente o fardo do ótimo futebol perdedor, infelizmente. Cruyff, a Laranja Mecânica e outro punhado de feras holandesas são outros exemplos com asterisco na história.

Ninguém põe em xeque a qualidade de grandes craques que tiveram a oportunidade de vencer uma Copa do Mundo. Entendo que para entrar no hall da fama supremo é necessário levar a taça máxima para seu país. Se nivelarmos todos pelo talento, a comparação dos mitos perde objetividade. Basta lembrar de George Weah, da Libéria, melhor jogador do Mundo em 1995. Ele realmente merece entrar na "vala comum" dos craques?

Creio ser necessário arbitrar alguns critérios para apontarmos sem generalizações exageradas quem foram efetivamente os melhores, quem realmente fez a diferença no campo, quem conquistou mais. No campo das conquistas, sendo o futebol um esporte essencialmente coletivo, ficam em segundo plano as conquistas pessoais, por mais sensacionais que sejam. Portanto, a Copa do Mundo torna-se o principal critério de desempate. Ou melhor, o primeiro critério para separar "os craques-craques" dos "craques comuns".

Messi terá, por baixo, mais uns 10 anos de carreira e 3 Copas pela frente. Ou seja, tem mais três chances de calar parte do planeta que insiste em apontar uma falha em seu currículo e entrar definitivamente no espaço reservado às lendas. Ninguém mandou ser tão perfeito, Messi. Agora aguenta...








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